Na tarde do dia 5 de Maio, realizou-se mais um
desfile de carros eléctricos da STCP. Este evento teve um sabor especial, até
porque este ano se comemoram 140 anos do primeiro carro americano a circular na
cidade do Porto.
Contrariando as perspectivas mais pessimistas em
termos meteorológicos, o desfile realizou-se sob um Sol radioso, com a
companhia de algumas nuvens que não constituíram qualquer ameaça de mau tempo.
A adesão do público foi bastante
significativa, não faltando quem usasse a máquina fotográfica ou a câmara de
vídeo para registar estes momentos únicos. Momentos que incluíram a saída de
seis carros eléctricos que habitualmente integram os desfiles (a saber, o
eléctrico 100, 104, 163, 274, 288 e uma
das novidades, o 373). Para além disso, o desfile também contou com o atrelado
nº1 e a estrela da tarde, o carro americano nº8.
Às 15h00, os carros eléctricos já estavam
estacionados em frente ao Museu do Carro Eléctrico, estando expostos aos olhos
do grande público.
Aqui ia suceder-se-ia a primeira surpresa da tarde: o
carro eléctrico 104, rebocando o carro americano nº8, partiu em direcção á
Alfândega do Porto. A bordo vários actores desempenharam o papel de
passageiros do carro Americano, numa cena passada no século XIX.
Na chegada á Alfândega, surge então a segunda
surpresa da tarde: foram aparelhados dois cavalos ao Americano, para uma
recriação completa das viagens que se faziam em 1872.
Após a aparelhagem dos cavalos, iniciou-se a viagem
de regresso ao Museu do Carro Eléctrico, onde os restantes carros que integravam
o desfile aguardavam as estrelas da tarde – uma viagem que não foi isenta de
atrasos, dado que um dos passageiros do americano (um funcionário da STCP) caiu
do veículo, cujas consequências pessoais, felizmente, não foram de grande monta.
Com a chegada destes dois veículos, iniciou-se
assim o desfile, tendo o americano nº8 assumido a dianteira, com os cavalos a
demonstrarem um bom comportamento face ao que lhes era exigido.
O primeiro destino foi o Passeio Alegre, um dos
locais mais conhecidos da marginal do Douro, e muito próximo da Foz. E aqui os
“passageiros do século XIX” continuavam a apreciar o passeio, sobre o olhar
atento do público, que também aproveitava mais uma vez a ocasião para apreciar
as belas máquinas que saíram para a rua.
E aqui iniciou-se a segunda parte da viagem, com
destino ao Infante. E mais uma vez se demonstrou que poucos ficaram indiferentes
perante este desfile, entre população residente e os turistas.
No Infante, esperava-nos o Orfeão Universitário do
Porto, que brindou todos os presentes com um espectáculo musical.
Todavia, a chegada ao Infante não foi isenta de
peripécias: o eléctrico 288 teve alguns problemas de aderência aos carris, enquanto
o 274 ficou com uma das resistências do motor queimada. Contudo, tais problemas
acabaram por ser ultrapassados sem consequências de maior. Finalmente, encetou-se a viagem de regresso ao
Museu do Carro Eléctrico. E aqui neste local foi-nos revelada mais uma
surpresa: uma banda de jazz a tocar a bordo da Zorra nº. 58. Uma ideia original,
que mereceu a atenção de grande parte dos presentes, que apreciaram os dotes de
musica enquanto saborearam vários petiscos e bebidas que foram servidos num
Porto de Honra.
E assim se concluiu mais um desfile que, se não
teve opiniões consensuais; incluiu alguns momentos inéditos neste tipo de
eventos - tais como o grupo de actores que recriaram um grupo de passageiros do
século XIX, assim como o concerto de Jazz referido anteriormente – e
traduziu-se, mais uma vez, numa oportunidade de ver relíquias de Museu a
circular nas ruas da bela cidade do Porto.
Excelente reportagem e e fotos. Passe no meu blogue e veja as minhas fotografias deste magnifico evento. http://electricosnoporto.blogspot.pt/
ResponderEliminarJá partilhei o seu blogue no meu, poderia seugerir o meu também?