15/04/12

Sugerir, reclamar, propôr...

Hoje em dia, quando se pretende sugerir alterações, melhorias do serviço, ou simplesmente reclamar por alguma situação que não tenha corrido tão bem, temos á nossa disposição vários meios para o fazer. O posto de atendimento, mas sobretudo o telefone e a Internet são meios privilegiados a isso. 

Cada vez mais, as empresas apostam cada vez mais em serviços de apoio e de atenção ao cliente. E a STCP não é excepção. Durante alguns anos, existiu a figura do Provedor do Cliente, que recebia e tratava das sugestões e das reclamações relacionadas com o serviço. Muito embora essa figura já tenha sido extinta, não é por isso que a empresa deixou de aceitar sugestões e reclamações que visem a melhoria dos serviços.

(Retirado do Site da STCP)

Os cliente da empresa têm duas linhas de apoio á sua disposição; quem aprecia as redes sociais pode sempre recorrer ao Facebook da STCP, assim como pode optar por colocar as suas questões através do envio de um e-mail.

Mas, até há aos finais deste século, os meios de comunicação eram menores face ao que temos hoje, mas as necessidades de se sugerirem alterações ou de reclamar não era muito diferentes.

E como poderia não ser fácil fazer chegar as sugestões a quem de direito (pelo menos, não tão fácil como hoje), os jornais poderiam constituir uma ponte entre os cidadãos e a empresa. E é isto que mostramos no exemplo a seguir. 


Como se pode ver, trata-se de um artigo (Retirado de "O Comércio do Porto", Outubro de 1977) em que o jornalista chamava a atenção da empresa para o facto de ter suprimido duas viagens no período nocturno (linha 7 > Aliados - Maia) que, "faz com que o autocarro da meia-noite (...) seja o único acessivel ao público frequentador das casas de espectáculos e de cafés. (...) A aglomeração de passageiros para o autocarro da meia-noite é tal que só á força de empurrões e apalpadelas se consegue um lugar sentado(..)". Neste artigo podemos ver toda a argumentação a explicar porque motivo é que as viagens referidas são importantes, tornando-se assim "um assunto de monta para o qual chamamos a atenção de quem superintende ao Serviço de Transportes Colectivos do Porto". 

A verdade é que não sei se as ditas viagens foram depois reestabelecidas, mas vemos aqui um exercicio de cidadania e uma outra forma de se fazer chegar á empresa o feedback dos seus clientes. Mudam-se os tempos, mudam-se as formas de comunicar. Mas será que mudam as vontades? Será que os clientes ficam mais passivos, ou será que ficam a cada dia mais exigentes? A verdade é que quem os ouve e recebe o seu feedback é que poderá responder melhor a esta pergunta que é feita.

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