14/09/12

Passes de Estudante

Setembro, mês do regresso ás aulas.

Mês em que muitos jovens, desde miúdos a graúdos, voltam aos bancos da escola. Os da Universidade também começam a regressar à rotina escolar, se bem que eles regressem em força mais para Outubro.

E é nesta altura do ano em que vemos que os comboios, as composições de metro, e os autocarros  a começarem a ficar mais compostos, cheios de gente para ir para as aulas.

E é também nesta altura do ano que os pais começam a fazer contas aos livros e materiais da escola. Mas também muitos pais fazem as mesmas contas e começam a tratar de outros assuntos, entre os quais o passe que permite aos filhos irem e virem das aulas. É aquele momento em que tem que se ir á secretaria da instituição de ensino, para depois entregar à empresa de transportes que depois ou emite um passe novo, ou renova o perfil do passe que os filhos (ou outros familiares) já têm.

E este ano, o Governo avançou com algumas novidades: os Passes 4_18 e os Passes sub23 passaram a ter regras mais rígidas para o seu acesso.

Mas, para ver como os tempos passam e as vontades mudam,  aqui mostro dois passes de estudante da STCP. Um dos finais dos anos 80 e outro do inicio deste século. 


Dois exemplos de passes de estudante da STCP.
 
Hoje, temos passes em que é obrigatório fazer-se a validação à entrada do autocarro. Mas como podem ver, antigamente não era assim. Todos os meses comprava-se o selo de cada mês. E à entrada do autocarro, bastava mostrá-lo ao motorista. Por vezes, uma ou outra pessoa mais esquecida podia entrar no autocarro com o selo do mês anterior. Posso dizer que a história nem sempre acabava com o pagamento de uma senha ou com a saída forçada (e pouco gloriosa) do infractor...

Por outro lado, hoje, um estudante pode andar onde quiser (desde que seja dentro das zonas por si escolhidas) e quando quiser (mesmo ao Sábado ou ao Domingo). Mas nem sempre foi assim. Os passes tinham inscritos os números das linhas. E não era por acaso. Correspondiam ás linhas que passavam próximo das escolas. Se dentro do Porto, podiam andar em qualquer linha da rede STCP, fora do Porto só mesmo nas linhas inscritas no passe, ou em linhas que tivessem um percurso comum com estas.

Por outro lado, utilizar o passe, só mesmo de Segunda a Sábado e dentro do período lectivo. Mas recordo-me que tinha um preço simpático, para a altura. Só era mesmo incómodo ter que ir ao Porto comprar o selo, até porque não havia o fenómeno das lojas Payshop, que permitem fazer carregamentos de tudo e mais alguma coisa.

Por isso, e para concluir, digo que pelo menos aqui no Porto, a vida dos estudantes está mais facilitada no que toca nos transportes. Resta mesmo saber se noutros capítulos a vida de estudante será assim tão "fácil"... 

PS: Para a elaboração deste artigo, agradeço a inestimável colaboração do prezado amigo Ricardo Taveira. Um bem-haja para ele.






Sem comentários:

Enviar um comentário