01/07/12

Trabalhadores da STCP ameaçam com greve indeterminada

"A comissão de trabalhadores (CT) da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) pediu a intervenção urgente do primeiro-ministro na nomeação de novo conselho de administração da empresa e ameaçou com uma greve indeterminada caso isso não aconteça.

"Solicitamos a intervenção imediata do Exmo. Sr. primeiro-ministro na nomeação do novo conselho de administração, já que não podemos aceitar que a responsabilidade do Governo se limite a cortar os subsídios de férias e de Natal dos nossos trabalhadores e a subir os preços dos tarifários dos transportes públicos", escreveu a CT numa carta dirigida sábado ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

A CT da STCP afirma que, "caso não seja nomeado o conselho de administração até ao final do mês de julho", vai ser efetuado um pré-aviso de greve "por tempo indeterminado".

Apesar da posição da CT, fonte oficial do Ministério da Economia disse à Lusa na sexta-feira que André Sequeira e César Navio já assumiram funções como únicos elementos executivos da nova administração, com o conselho de administração liderado por Fernanda Meneses a ter cessado funções no sábado.

"As competências de governação do Exmo. Sr. ministro da Economia e do Exmo. Sr. secretário de Estado dos Transportes não podem ser apenas céleres na difamação acerca de falsas mordomias e muito lentas na resolução dos problemas", acusa a comissão de trabalhadores da empresa de transportes, acrescentando que o Governo está a "abandonar o Porto e a sua Área Metropolitana", num processo que classifica de "trapalhada" e "vergonha".

No início de junho, o presidente da Junta Metropolitana do Porto, Rui Rio, indicou que o modelo de governo para as empresas de transportes do concelho estava já fechado.

O autarca disse, na altura, que STCP e Metro partilhariam o mesmo conselho de administração executivo (três elementos), mantendo a empresa de transporte ferroviário mais quatro administradores não executivos, três dos quais indicados pela JMP.

No entanto, João Velez de Carvalho foi o nome proposto pelo Governo para presidente da administração da Metro do Porto já aprovado pela JMP na reunião de sexta-feira, mas que não chegou a ser eleito devido à suspensão da assembleia-geral da empresa nesse mesmo dia por ausência do representante do Estado.

A assembleia-geral da Metro do Porto, agendada para sexta-feira com o objetivo de eleger os novos órgãos sociais, foi suspensa por 15 dias, mantendo-se Ricardo Fonseca na presidência do conselho de administração.

Ainda na sexta-feira, o também presidente da JMP, Rui Rio, afirmou à Lusa que houve "interferências" de membros do Governo na tentativa de eleição da nova administração da Metro do Porto, para "politicamente fragilizar mais o ministro da Economia"."

Fonte: Jornal de Noticias

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